terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O Símbolo Perdido

No final do ano passado a minha crônica “O Símbolo Perdido” ficou em quinto lugar no Concurso de Crônicas da Afpesp. Em breve ela estará aqui no blog. Por ora, um aperitivo.
É com enorme pesar que comunico aos senhores e senhoras leitores: meu amigo Marcão, tão avesso às coisas novas desse mundo, tão resistente à profusão de tecnologia que brota como capim nas lojas e centros das catedrais do consumo, num rompante de pura contradição, cujas causas desconheço, mas que serão objeto de investigação oportuna, disse não ao seu velho e bom companheiro, para sucumbir às tentações do novo mundo.
Não parei de correr para não perder o ritmo, mas como sempre ele estava lá, na mesma praça, no mesmo banco, as mesmas flores, o mesmo jardim. Confesso que demorei alguns segundos para decifrar o mistério. Quando caiu a ficha, senti o coração apertar: cadê o seu companheiro? E num piscar de olhos, a imagem tomou conta da tela, fazendo inundar a visão com o pequeno orifício de seu orelhão (Marcão sempre foi orelhudo), e eu notei, flanando quase imperceptível, os fios, finos e frios, de um minúsculo fone de ouvido. 





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