sábado, 30 de junho de 2012

FLIT 2012

Feira Literária Infantil acontecendo em Taubaté, até quarta (04/07/12), na Avenida do Povo. Para conhecer a programação completa, clique no endereço abaixo. Um bom fim de semana a todos!

http://www.guiataubate.com.br/canais/agenda,6360,2-flit-feira-literaria-infantil-de-taubate.html

Villa Santo Aleixo, a história está morrendo...

É realmente desolador o modo como nossas autoridades tratam o patrimônio histórico e arquitetônico das cidades. Descaso é pouco. Não gastam um níquel sequer na restauração de prédios representativos de um determinado período da história humana. E quando o fazem, fazem mal. Querem mais que se danem a identidade cultural de um povo, o retrato de uma época, o direito à memória. Em Taubaté temos exemplos claros disso. O antigo prédio do DEC, na praça 8 de maio, simplesmente está sendo destruído sem o mínimo cuidado. Painéis do mestre Justino à mercê de chuva, poeira e cimento. E a Villa Santo Aleixo? Prédio de 1872, que serviu de morada a figuras ilustres e que guarda características do ecletismo (misturas de estilo, neoclássico, neogótico)? Simplesmente ruindo. Num jogo de empurra, ninguém faz nada. Pelo jeito, esperam em seus gabinetes o prédio cair de vez, pra depois negociarem com os empresários do ramo imobiliário o terreno em área nobre. Eu não quero mais descaso com o patrimônio que é meu, é seu, é nosso!  Eu não quero mais cimento, mais pedra, mais espigões frios e tristes. Está na hora de começarmos a praticar o exercício da indignação e sair às ruas. Senão, em Taubaté, a história vai morrer, nas felizes palavras do Ito.

Fotos da Villa Santo Aleixo (blog “isto sim é Taubaté”).














quarta-feira, 27 de junho de 2012

Gil

Esse Gilberto Gil é um cara porreta! Quando ouvi pela primeira vez “Estrela” eu fiquei extasiado com aquele lirismo cada vez mais raro nas músicas de hoje. Que inspiração dos Deuses, meu Pai! Uma das canções mais belas de nosso cancioneiro popular. E “A paz” então, letra de Gil e música de João Donato? Extraordinária! Mas o cara é muito mais que um compositor iluminado. A entrevista que ele deu pra Folha nesta semana, pro Morris Kachani, mostra o que eu já sabia: Gil é de uma inteligência refinada, bem acima da média, e seu modo de ver o mundo, seu posicionamento sobre preocupações humanas universais, no mínimo, faz a gente pensar. Perguntado como se sente aos 70 anos, ele disse: “nessa idade ninguém vai mudar radicalmente o modo de ver as coisas, que é uma decantação de tudo que foi vivido. Cada vez me desvencilho mais de minha própria história. Ela passa a valer e ter sentido mais para a sociedade e menos para mim mesmo!” Se é religioso: “Sim, nesse sentido de que Deus não é um, Deus é todos. Não professo nenhuma confissão religiosa, mas rezo todos os dias. Acredito no poder da oração. Mas as instituições religiosas, e incluo todas as ordens, estão preocupadas com política e poder. Já os evangélicos cresceram enormemente como utilitarismo sistêmico produtivista, industrialista. Hoje já é uma religião para lá da religião”.  Se já usou droga: “Maconha sim, até os 50 anos de idade, quando decidi que devia me afastar do hábito. Outras drogas, como LSD e mescalina também, na década de 1970. Gostava da maconha principalmente por causa da música. Certas sinapses desencadeavam uma liberdade auditiva. Corpo e alma percebiam essa inteligência. Costumo até brincar que tanto a bossa nova como o reggae, que têm doçura e suavidade, são gêneros que foram beneficiados pela maconha [risos]”. Sobre a MPB: “Há quem diga que a MPB que se faz hoje é muito pior que antigamente. Mudou muito. Chico [Buarque] chega a dizer que teme pelo desaparecimento da canção. Porque percebe que a canção -da forma como existiu no nosso tempo, como forma de expressão quase sagrada, com aquela aura de oração religiosa, para a qual nos empenhávamos com todo entusiasmo- está deixando de existir. A canção passou a se submeter a processos de formatação de manufatura muito específicos e, de certa forma, padronizados. De todo modo, esses processos estão sujeitos a súbitas explosões de luminosidade”. A entrevista completa está na Folha de São Paulo, última segunda, 25/06.  

sábado, 23 de junho de 2012

A Voz do Brasil. Será mesmo?

Não foi uma vez. Foram várias. Tô saindo do trabalho, pego pelo rabo a notícia de engavetamento na Dutra. Geralmente às sextas-feiras. Entro no carro e ligo o rádio em busca de maiores detalhes. A surpresa: encontro, num emaranhado de teias de aranha, “A Voz do Brasil” ecoando tristemente. Fico sem saber de uma informação preciosa para mim naquele momento. Esse negócio de impor às emissoras de rádio a obrigatoriedade de transmitir “A Voz do Brasil” é coisa do passado, está mais que na hora de nossos políticos colocarem ponto final num programa que é típico dos regimes totalitários! Todo dia, às 19:00 horas, não dá! É um horário em que muita gente está voltando pra casa, às vezes, como eu, buscando uma informação importante. Eu toco neste assunto porque na semana que vem, a Câmara dos Deputados deve votar um projeto de flexibilização do horário de transmissão. Sim, porque além de ser imposta pelo Estado, “A Voz do Brasil” tem de entrar pontualmente às 19:00 horas. Se a rádio está amparada por uma liminar escapa, mas a maioria tem de transmitir às 19:00 horas mesmo. Acho que a Câmara está fazendo pouco. Apenas flexibilizar? Não!  Tem de acabar com essa obrigatoriedade absurda! É mais um resquício da ditadura que não se coaduna com um país que se diz democrático. Um bom fim de semana a todos, com frio, mas sem chuva. Taí o solzinho. Até!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Manhã de domingo

Ele organiza suavemente seus apetrechos. Trabalhou a noite inteira. Suportou marmanjos, bêbados, babacas, a fumaça do cigarro, a fumaça da carne. O frio de junho que já castiga. O sereno. Até brigas, confusão, tudo isso ele aguentou pacientemente para ganhar o seu tostão. Quando o observo já pela manhã, depois de uma noite de trabalho puxado, ele está lá guardando suas coisas. Arruma tudo com refinado método. Guarda cada instrumento em seu devido lugar. É cuidadoso, organizado, limpo. Pega a vassoura e calmamente varre no entorno, como se tivesse a cabeça fresca, tão comum pela manhã quando acordamos. Olha de um lado. Do outro. Sem pressa. Eu me admiro: que paciência! Imagino que deva estar louco para ir pra casa, tomar banho, beijar sua filhinha, fazer amor com sua mulher, descansar. Mas esse desejo, ainda que aceso em sua mente, não o faz acelerar. Ele é um indivíduo sereno, suave, fino. Depois de tudo arrumado, dá uma última inspecionada. Olha pra ver se tudo está no lugar. Uma volta. Alguma coisa lhe chama a atenção. Mexe. Aperta. Tudo checado, ele olha para a igreja e faz o sinal da cruz. É um espiritualista. Agradece ao seu Deus por mais um dia de trabalho. Outro sinal da cruz. Mais uma vez. Continuo minha caminhada pensando nele. Eu o admiro. Sujeito bom esse! Irradia uma paz contagiante, que não se encontra por aí - ele já dentro do carro. Ah se todas as pessoas tivessem a serenidade, a calma desse sujeito. O mundo seria melhor. Dou uma última olhada e o vejo entrar na contramão, pegar a avenida e seguir.

sábado, 16 de junho de 2012

Ubatuba

Ubatuba é um ótimo lugar pra descansar. Longe da muvuca, é claro. Caminhadinha pela manhã, banho de mar, peixe frito, boa música. Banho de mar? Banho de mar. Tem gente que não curte. Eu não dispenso. Nesta vida acelerada um banho de mar sempre põe a gente no lugar. Na praia do Cruzeiro existe uma estátua de José de Anchieta. Está lá à mercê de vândalos. Por falar em vândalos, aqui em Taubaté eles tiveram o disparate de roubar o chapéu e o cachimbo do Jeca Tatu, lá no final da Humaitá. Não tinha uma semana que a estátua estava lá. Mas voltando a José de Anchieta, segundo dizem, nas areias da praia do Cruzeiro o jesuíta escreveu o seu “Poema à Virgem”. A escultura evoca este fato. Ele ficou preso por lá, refém dos índios Tupinambás, durante a guerra índios versus portugueses, isso por volta de 1563. Aproveitou a estada pra começar a escrever seu poema mais famoso. Eu acho bem legal, para não dizer emocionante, saber que aquele lugarzinho ali foi palco de um fato histórico. Eu curto muito isso. Em julho tem Festa do Divino. Eles fazem uma tainha na churrasqueira sensacional!  Em pleno invernão, o jeito é descer a serra. As fotos aí, do acervo da Cristine, são exatamente das areias da praia do Cruzeiro, onde José de Anchieta escreveu o seu poema. Um bom fim de semana a todos.










quarta-feira, 13 de junho de 2012

Crônicas de José Carlos

Meu filho desce do carro: tchau, pai! Boa aula, filho! São quase sete da manhã. Eu sigo pra casa ouvindo o jornal da Jovem Pan. Num hospital particular de Belo Horizonte, diz o locutor, uma criança está internada em estado grave porque foi medicada com ácido. Em Osasco, homem morre de AVC e a esposa acusa o médico de receitar-lhe xarope. O PT, inclusive Dilma, concordou com a CPI do Cachoeira, porque assim os holofotes deixariam o julgamento do mensalão, no Supremo. No Maranhão, os nobres deputados reduziram seus salários: recebiam 18 salários por ano, agora vão receber apenas 15. Desligo. Entro em casa e minha filha me intercepta: hoje é dia de rezar, pai. Rezar? Por quê? A votação no Supremo, pai, é hoje! A Igreja está pedindo! Temos de rezar para que a lei do aborto dos anencéfalos não seja aprovada! Sei. Virgínia antes de sair me avisa que o gás tá acabando. Deixa dinheiro pra Lúcia comprar gás. Sei. Ah!, e hoje vou demorar. Cabeleireiro. Sei. A hora que você chegar faça alguma coisa para as crianças comerem. Tem arroz e feijão na geladeira. Um frango grelhado. Salada de alface e tomate. Faça pra eles. Sei. Tchau. Honestamente, perdi o tesão pelo dia. Tenho trabalho pra cacete e nenhuma vontade de fazer. Vou para o computador escrever, quem sabe me alivia. Estou sem inspiração. Faço um resuminho negro do meu começo de dia. Olho a rua pela janela do escritório. Sol. Céu azul. Lembro de Ubatuba. Praia. Cerveja. Peixe frito. Dá vontade de largar tudo e descer a serra. Mas numa terça-feira, cheio de trabalho, não dá. Mas uma caminhadinha leve na praça Santa Teresinha dá! Uma garapa quem sabe. Não... não... Melhor trabalhar, tenho um montão de notas fiscais pra examinar, um levantamento fiscal daqueles. E caminhar no horário de expediente fica mal. Quem mandou ser fiscal? Um pensamento: quem sou eu? Ai, ai... lá vem filosofia barata. Eu sou o que quero ser de verdade ou o que a sociedade espera de mim? Ai, ai... Um insight: o que sei é que não quero ser fiscal. Quero um montão de coisas, mas não quero ser fiscal. Então peça a conta, uma voz me diz. E vou viver de brisa?, uma outra voz responde. Às vezes sinto que me falta uma dose de loucura. Loucura pra fazer o que dá na veneta. Que se dane o resto! Que se dane o mundo! Se meu apartamento tá grande, vendo e compro um pequeno. Se não gosto de dirigir, vendo o carro e começo andar a pé, ou de taxi. Se tô com vontade de ir embora, vou caramba! O que é que tem? Se o meu emprego é uma merda, peço a conta, vou buscar dinheiro no que gosto de fazer! Que se dane se amanhã eu tiver de comer arroz e feijão! Que se dane a sociedade! Que se dane me chamarem de louco!  Vou atrás do que quero pra minha vida, e se isso se chama loucura, então sou louco! Eu só tenho uma vida e ela tá passando! Acorda, José Carlos! Acorda, que ainda dá tempo! Salvo o arquivo. Desligo. Mergulho nas notas fiscais.

sábado, 9 de junho de 2012

Philip Roth vence prêmio

Saiu na Folha de São Paulo, na quinta do feriadão: “Philip Roth vence prêmio Príncipe de Astúrias das Letras. DE SÃO PAULO - O escritor americano Philip Roth ganhou na manhã de ontem o prêmio espanhol Príncipe de Astúrias das Letras 2012. O júri justificou a escolha afirmando que Roth cria uma "complexa visão da realidade contemporânea". Autor de "O Complexo de Portnoy" e "O Teatro de Sabbath", entre outros, ele vai receber 50 mil euros (cerca de R$ 126 mil)”. Sou fã de carteirinha desse escritor americano. Gostei muito de Indignação, Homem Comum, A Marca Humana, Nêmesis. Já está em minha estante Patrimônio, seu mais novo romance. Está lá, olhando pra mim. Eu de olho nele. Logo a gente se encontra. Dizer se um romance é bom ou não é algo muito pessoal. Basta ver as resenhas de meia dúzia de entendidos. Tem livro que funciona pra um e não funciona pra outro. Como disse Lucas Murtinho, “qualquer juízo sobre qualquer obra de arte é potencialmente defensável”. Há muitos elementos em jogo que interferem na aprovação ou na recusa de um romance, inclusive a própria experiência de leitura de quem está engolindo o texto. Para mim, Philip Roth funciona. Seus livros têm enredo. O processo narrativo sai da mesmice. Há um forte trabalho de linguagem, com léxico acessível, gostoso de ler.  Os temas abordados são impactantes. Ele sabe provocar. Inquietar. E não é esse o objetivo maior de qualquer literatura?   






terça-feira, 5 de junho de 2012

Tal qual um bailarino

Ele espera altivo o momento de entrar em cena. Nunca esteve tão bem. Esqueceram-se dele nos últimos tempos. Ficou abandonado, largado mesmo, tal qual brinquedo velho, rapidamente esquecido com a chegada do novo. Eles fazem assim com qualquer um. Tal qual notícia de tragédia. Basta uma notícia nova, um escândalo, uma celebridade morta, para esquecerem a outra. Foi assim também com ele. Ela chegou e pronto. Não lembravam nem mais dele, nem da ponta. Era só ela, ela, ela. Colorida, com suas roupas transparentes, suas plumas azuis ou de vestido vermelho. Tal qual um pavão enorme que se abre formosamente. Nos bastidores chegou até a ouvir que seus dias estavam contados, que não servia mais pra nada, tal qual faca sem gume. O pior foi a autoestima. Ele mesmo começou a se convencer que estava acabado. E ela ali ao lado, pintando e bordando, bem disposta, nem se cansava a danada! Começava a deslizar e ia. Ele não. Sempre precisava de um tempo, um pit stop para respirar, uma nova ponta. Não tinha mais aquela força do começo, aquele ímpeto, a velocidade de um gavião. Mas não! O pior é que não era nada disso! Ou melhor, é claro. Como estava enganado! Como todos estavam enganados! Ele quase tinha morrido por não suportar o peso do fracasso. Mas descobriu que ainda era especial. Ela... He-he-he! Com ela só teriam prejuízos. De que serviria suas fantasias coloridas, seu ar de superioridade, sua longevidade? Só ele tinha a técnica, a precisão, a capacidade inigualável de deslizar por aqueles palcos. Até inventaram a tal da ponta fina. Não, não. Nem ponta fina nem nada. Era preciso alma. E ela podia ter tudo, mas alma ela não tinha. Ele tinha. Só ele conseguia dar alma ao espetáculo. Sem contar a possibilidade de fazer ajustes durante a apresentação. Improvisar. Voltar atrás. Ir adiante. Mudar e começar tudo outra vez. Ela? Coitada. Se andava mal o estrago tava feito. Não voltava atrás. Opa! Chegou a hora? As luzes estão acesas? Já o estão carregando para o palco? Que beleza! No trabalho feito ele percebe os traços de ontem. Que elegância! Que obra-prima! Ele já está pronto. Sente a pegada firme. E começa a deslizar.


sábado, 2 de junho de 2012

Fim de semana na roça

Fim de semana na roça. Minha sogra tem uma chacrinha no Goiabal, em Pinda. O friozinho nos chamou para o vinho. Levei violão e cantamos algumas canções. Meu cunhado se superou: fez um peixe coberto com molho de camarão. Dos deuses de tão gostoso! As fotos aí não me deixam mentir. Bom? Estava magnífico! A outra foto é do autor da obra de arte: Silvio César






sexta-feira, 1 de junho de 2012

Jonathan Franzen

Jonathan Franzen é um dos principais escritores de ficção contemporânea dos Estados Unidos. Um retratista da vida atual, segundo o editor André Conti. Ganhou notoriedade com As correções, um tijolo de 586 páginas que tem como enredo os dramas da família Lambert, um casal de idosos e seus três filhos.  Liberdade foi classificado como o livro do século pelo “The Guardian”, aclamado por Oprah Winfrey e Barack Obama. Um tijolo? Não... Um tijolaço de 600 páginas! Há que ter disposição. No entanto, quem tem fôlego e enfrenta essa longa jornada, gosta. Numa entrevista concedida à Folha, em 2003, Jonathan disse achar que a vida humana se desenrola dentro de um contexto de fracasso definitivo, a mortalidade. Para ele, o fracasso é mais engraçado que o sucesso. Isso para justificar a tendência de seus livros. Não chego a tanto, mas confesso que o livro que funciona pra mim, sem querer estabelecer um padrão absoluto, mesmo porque As Sementes de Flowerville, um livro leve, eu adorei - quase sempre é aquele mais denso, que mostra as facetas mais azedas da vida. Sou fã de carteirinha de Philip Roth. E não há como negar que seus livros são de uma melancolia atroz. A morte é um tema recorrente. A velhice. A solidão. E o fracasso também. Ele mesmo disse certa vez que suas histórias estampavam seu estado de espírito naquele momento, quando via, um a um, seus amigos sucumbirem à fragilidade corporal. Jonathan transita da melancolia ao humor com facilidade. Seus personagens se tornam nossos amigos e até parecem fazer parte de nossas vidas.  Jonathan Franzen e Jennifer Egan são dois representantes do que se tem de melhor na narrativa ficcional contemporânea. A foto aí é de Jonathan, que como Jennifer, estará na Flip, em Julho, em Parati.



Comunicado

O autor informa que suas crônicas estão sendo publicadas com exclusividade na página Crônica do Dia ( www.cronicadodia.com.br ). Convida...