E o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro
deu o que falar na última semana. Como se não bastasse a polêmica ocorrida em
2010, quando Chico Buarque ficou em segundo lugar como melhor romance (ganhou o livro
do Edney Silvestre), mas inexplicavelmente ganhou como livro do ano, agora uma
outra confusão.
Oscar Nakasato, com seu livro Nihonjin (Benvirá),
recebeu o prêmio de melhor romance. Oscar é um novato, mas até aí tudo bem, se
o livro é bom, não importa que seja novato. O problema ocorreu nas notas dadas
pelos jurados, ou, melhor dizendo, nas notas atribuídas por um certo jurado “C”, que
beneficiou autores estreantes em detrimento dos consagrados.
Deu, por exemplo, nota zero para o romance
“Infâmia”, de Ana Maria Machado, que recebeu dos outros dois jurados as notas
dez e nove e meio. O critério acabou causando um desequilíbrio abissal entre as obras já que para o livro do Nakasato ele deu dez.
Muito embora exista quem defenda ter havido
manipulação de resultado, para o curador da premiação José Luiz Goldfarb isso
não aconteceu, porque as notas dos concorrentes ao prêmio foram entregues em
envelopes lacrados ao Conselho Curador, um não sabia da nota dada pelo outro.
Tá. O cara dá dez para um livro, e uma chuva de
zeros e um e meio para os outros, e isso não é manipulação? Não é má-fé? Não é
ter intenção de beneficiar uma determinada obra?
A pergunta que fica é quem será esta sumidade
literária hoje apenas identificada como jurado “C”.
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