sábado, 9 de março de 2013

É bom de ver

Você gosta de café? Puro, de máquina, forte, amargo? Não? Tem gente que adora. Mas e do cheiro do café, você gosta? Como é bom abrir o pacote e sentir o aroma subir pelas narinas. Não é bom? Talvez o cheiro do café seja muito melhor que saboreá-lo.
Os entendidos no assunto dizem que café se toma amargo, nada de açúcar. O açúcar, esse vilão que eu adoro, muda o gosto do café, como muda o sabor do suco, do leite... Ou seja, estraga. Café deve ser tomado puro, sem açúcar.
Você já deve ter experimentado aquele queijo coalho que se vende na praia, não? Aquilo me faz um mal... Entra e destrói tudo que vê pelo caminho. Como se fosse um desentupidor de pia dos bons. São dias e dias no banheiro. Mas o cheirinho dele fumegando na praia, hum, é demais.
Adoro sentir o aroma do cachimbo. Tem gente que não gosta. Eu gosto. Para mim é muito prazeroso. Às vezes estamos num determinado lugar, e logo aquele aroma reconfortante chega às narinas. Eu fico procurando de onde vem aquele cheiro mágico. Que sensação... Mas não sou fumante, e da minha boca eu o quero longe.
Chego ao atrevimento de dizer, para o inconformismo geral dos carnívoros de plantão, que o próprio aroma que o churrasco exala é muito melhor que a carne do pobre boi que é servida à mesa. Veja, não estou dizendo que a carne de churrasco não seja boa, ponhamos os pingos nos “is”. Estou dizendo que sentir o aroma do churrasco talvez seja mais prazeroso que comer a carne. Mas não adianta ficar explicando isso, é algo sublime demais... Bola pra frente.
Estava tomando café na padaria quando vi dois ciclistas conversando sobre o trajeto que iriam fazer naquela manhã de domingo. Os dois devidamente paramentados: roupa de esportista, capacete, óculos escuros, luvas, e uma bike daquelas. Lembrei-me do meu amigo Rogério Machado, do Téo, e de tantos outros que adoram dar umas pedaladas por aí.
Logo depois eles partiram, deslizando pelo entorno da Praça da CTI, até virarem a Nove de Julho sentido Tremembé. Eles deslizavam mesmo, e estar em cima daquelas bicicletas parecia ser uma delícia.
Fiquei pensando por que não tomo coragem e começo a andar de bicicleta. Estaria fazendo uma atividade física excepcional. Sem contar que na certa a bike me proporcionaria momentos muito especiais, de paisagem, de lugares pitorescos, de conhecer gente divertida por esses cantos que a gente tem por aí.
A bike é sem dúvida o veículo de transporte do futuro, ideal para pequenas distâncias nesse mundo maluco de máquinas e fumaças. Por que não? Por que não experimentar essa sensação maravilhosa que é praticar o ciclismo, sensações que são traduzidas em prosa e verso pelo Rogério no Facebook, pelo Téo, e por tantos outros?
Preciso mudar a minha cabeça. Por enquanto ela associa andar de bicicleta com o cheiro do café, do queijo coalho, do cachimbo e do churrasco. É bom de ver, mas...

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