Os entendidos no
assunto dizem que café se toma amargo, nada de açúcar. O açúcar, esse vilão que
eu adoro, muda o gosto do café, como muda o sabor do suco, do leite... Ou seja,
estraga. Café deve ser tomado puro, sem açúcar.
Você já deve ter
experimentado aquele queijo coalho que se vende na praia, não? Aquilo me faz um
mal... Entra e destrói tudo que vê pelo caminho. Como se fosse um desentupidor
de pia dos bons. São dias e dias no banheiro. Mas o cheirinho dele fumegando na
praia, hum, é demais.
Adoro sentir o aroma
do cachimbo. Tem gente que não gosta. Eu gosto. Para mim é muito prazeroso. Às
vezes estamos num determinado lugar, e logo aquele aroma reconfortante chega às
narinas. Eu fico procurando de onde vem aquele cheiro mágico. Que sensação...
Mas não sou fumante, e da minha boca eu o quero longe.
Chego ao atrevimento
de dizer, para o inconformismo geral dos carnívoros de plantão, que o próprio
aroma que o churrasco exala é muito melhor que a carne do pobre boi que é
servida à mesa. Veja, não estou dizendo que a carne de churrasco não seja boa,
ponhamos os pingos nos “is”. Estou dizendo que sentir o aroma do churrasco
talvez seja mais prazeroso que comer a carne. Mas não adianta ficar explicando
isso, é algo sublime demais... Bola pra frente.
Estava tomando café
na padaria quando vi dois ciclistas conversando sobre o trajeto que iriam fazer
naquela manhã de domingo. Os dois devidamente paramentados: roupa de
esportista, capacete, óculos escuros, luvas, e uma bike daquelas. Lembrei-me do
meu amigo Rogério Machado, do Téo, e de tantos outros que adoram dar umas
pedaladas por aí.
Logo depois eles
partiram, deslizando pelo entorno da Praça da CTI, até virarem a Nove de Julho
sentido Tremembé. Eles deslizavam mesmo, e estar em cima daquelas bicicletas
parecia ser uma delícia.
Fiquei pensando por
que não tomo coragem e começo a andar de bicicleta. Estaria fazendo uma
atividade física excepcional. Sem contar que na certa a bike me proporcionaria
momentos muito especiais, de paisagem, de lugares pitorescos, de conhecer gente
divertida por esses cantos que a gente tem por aí.
A bike é sem dúvida
o veículo de transporte do futuro, ideal para pequenas distâncias nesse mundo
maluco de máquinas e fumaças. Por que não? Por que não experimentar essa
sensação maravilhosa que é praticar o ciclismo, sensações que são traduzidas em
prosa e verso pelo Rogério no Facebook, pelo Téo, e por tantos outros?
Preciso mudar a
minha cabeça. Por enquanto ela associa andar de bicicleta com o cheiro do café,
do queijo coalho, do cachimbo e do churrasco. É bom de ver, mas...
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