sexta-feira, 1 de junho de 2012

Jonathan Franzen

Jonathan Franzen é um dos principais escritores de ficção contemporânea dos Estados Unidos. Um retratista da vida atual, segundo o editor André Conti. Ganhou notoriedade com As correções, um tijolo de 586 páginas que tem como enredo os dramas da família Lambert, um casal de idosos e seus três filhos.  Liberdade foi classificado como o livro do século pelo “The Guardian”, aclamado por Oprah Winfrey e Barack Obama. Um tijolo? Não... Um tijolaço de 600 páginas! Há que ter disposição. No entanto, quem tem fôlego e enfrenta essa longa jornada, gosta. Numa entrevista concedida à Folha, em 2003, Jonathan disse achar que a vida humana se desenrola dentro de um contexto de fracasso definitivo, a mortalidade. Para ele, o fracasso é mais engraçado que o sucesso. Isso para justificar a tendência de seus livros. Não chego a tanto, mas confesso que o livro que funciona pra mim, sem querer estabelecer um padrão absoluto, mesmo porque As Sementes de Flowerville, um livro leve, eu adorei - quase sempre é aquele mais denso, que mostra as facetas mais azedas da vida. Sou fã de carteirinha de Philip Roth. E não há como negar que seus livros são de uma melancolia atroz. A morte é um tema recorrente. A velhice. A solidão. E o fracasso também. Ele mesmo disse certa vez que suas histórias estampavam seu estado de espírito naquele momento, quando via, um a um, seus amigos sucumbirem à fragilidade corporal. Jonathan transita da melancolia ao humor com facilidade. Seus personagens se tornam nossos amigos e até parecem fazer parte de nossas vidas.  Jonathan Franzen e Jennifer Egan são dois representantes do que se tem de melhor na narrativa ficcional contemporânea. A foto aí é de Jonathan, que como Jennifer, estará na Flip, em Julho, em Parati.



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