É realmente desolador o modo como nossas autoridades tratam o patrimônio histórico e arquitetônico das cidades. Descaso é pouco. Não gastam um níquel sequer na restauração de prédios representativos de um determinado período da história humana. E quando o fazem, fazem mal. Querem mais que se danem a identidade cultural de um povo, o retrato de uma época, o direito à memória. Em Taubaté temos exemplos claros disso. O antigo prédio do DEC, na praça 8 de maio, simplesmente está sendo destruído sem o mínimo cuidado. Painéis do mestre Justino à mercê de chuva, poeira e cimento. E a Villa Santo Aleixo? Prédio de 1872, que serviu de morada a figuras ilustres e que guarda características do ecletismo (misturas de estilo, neoclássico, neogótico)? Simplesmente ruindo. Num jogo de empurra, ninguém faz nada. Pelo jeito, esperam em seus gabinetes o prédio cair de vez, pra depois negociarem com os empresários do ramo imobiliário o terreno em área nobre. Eu não quero mais descaso com o patrimônio que é meu, é seu, é nosso! Eu não quero mais cimento, mais pedra, mais espigões frios e tristes. Está na hora de começarmos a praticar o exercício da indignação e sair às ruas. Senão, em Taubaté, a história vai morrer, nas felizes palavras do Ito.
Fotos da Villa Santo Aleixo (blog “isto sim é Taubaté”).
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